Ainda que o Senhor é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe. O Senhor aperfeiçoará o que me toca.

Salmo 138:6, 8

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE SALMOS (Leia Salmos 137 e 138)

Aqui começa a série final dos salmos, escritos em sua maior parte por Davi. Esses salmos falam mais uma vez sobre a restauração de Israel desde o tempo da escravidão entre as nações, passando por todas as tribulações que eles enfrentaram e ainda enfrentarão, até chegar à libertação final e ao reinado do Messias.

O início do Salmo 137 relembra o cativeiro na Babilônia. Visto que eles tinham sido levados cativos, como poderiam cantar e alegrar-se sob o jugo do opressor? Para aquele pobre povo, não havia alegria longe de Jerusalém. Aqueles que lhes haviam tirado a liberdade não podiam arrancar-lhes as memórias. Da mesma maneira, nós somos estrangeiros em um mundo hostil, e nada aqui preenche o nosso coração, pois possuímos uma alegria que ninguém pode arrancar de nós (v. 5; João 16:22).

No Salmo 138, o fiel, apesar de sua humildade (v. 6), pode cantar de todo coração e orar em direção a Jerusalém (v. 2; 1 Reis 8:47-48). Depois ele pode declarar: “No dia em que eu clamei, tu me acudiste; e alentaste a força de minha alma” (v. 3), mesmo que sua situação exterior não tenha mudado.

Deus levará a bom termo tudo o que se refere a Seus filhos (v. 8), porque “sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28).