E [Arão] tomará do sangue do novilho, e com o seu dedo aspergirá sobre a face do propiciatório, para o lado oriental; e perante o propiciatório aspergirá sete vezes do sangue com o seu dedo.

Levítico 16:14

ASPERSÃO DO SANGUE

No Antigo Testamento, há muitos relatos que apontam para o Senhor Jesus e a Sua obra de salvação. O “grande dia da expiação”, de Levítico 16, ocupa um lugar especial entre eles. Mas a perfeição do Senhor Jesus ultrapassa em muito a dessas figuras. Ele, por exemplo, não necessitava “oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo” (Hebreus 7:27). Já Arão precisava fazer expiação por si e por sua família, e ele o fazia mediante o novilho citado no versículo acima. Ele levava o sangue desse sacrifício para o Lugar Santíssimo, aspergindo-o sobre e diante do propiciatório (a tampa da arca da aliança). Em primeiro lugar, aspergia o sangue sobre o propiciatório, uma vez só. Os dois querubins sobre o propiciatório, que tipificavam o governo justo de Deus, olhavam para ele. E o sangue — aspergido uma vez — cobria a culpa do pecador diante de Deus. Deus sabe do valor real da morte expiatória do Senhor Jesus e do Seu sangue. Ele satisfez completamente as justas exigências de Deus. É como se Deus visse esse sangue constantemente diante de Si. O ser humano, no entanto, pode enfrentar dúvidas a respeito de suas condições de se aproximar de Deus — especialmente quando percebe, com dor, que continua pecando, mesmo como cristão. Assim, no dia da expiação aspergia-se o sangue também sete vezes diante do propiciatório — um testemunho completo. Por isso, a carta aos Hebreus enfatiza várias vezes o valor suficiente do sangue e do sacrifício do Senhor, de forma que podemos ter “ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus” (cf. Hebreus 9:14; 10:14,19).