Nepal

A obra do Senhor entre falantes da língua Nepali

A cultura nepalesa é fruto de fortes influências das variadas etnias presentes em seu território. Entretanto, a religião hindu é a que mais se destaca quanto aos costumes, hábitos e rituais. O budismo, em menor proporção, também disseminou suas crenças e estilo de vida. Os contos folclóricos, as festas tradicionais, a música, a dança e seus personagens estão presentes na realidade cotidiana do seu povo, influenciando também na sua maneira de viver.

Com um pano de fundo assim podemos entender a perseguição dos cristãos neste país, o qual entra na lista dos 50 países que mais perseguem os cristãos. Alguns dos principais responsáveis por essas perseguições são os grupos radicais hindus. Cristãos, que se converteram do hinduísmo, sofrem pressão familiar e da comunidade, podendo ser expulsos de casa e até violentados. Como a religião hindu privilegia os homens, as mulheres que se convertem ao cristianismo passam por assédios, prisões domiciliares e privações das necessidades básicas, educação e direitos legais, além de violência física, emocional e mental. Os homens que se convertem estão vulneráveis a tortura física e mental, também perdem o acesso à propriedade familiar e direitos legais básicos, como ter uma certidão de nascimento e cidadania. A sociedade nepalesa divide-se em castas, e as pessoas que se convertem ao cristianismo passam a fazer parte da última casta.

O país está localizado no centro do continente asiático, na região dos Himalaias, ao norte do Tibete. Do lado leste, sul e oeste, o país faz divisa com a Índia. Sua população está em torno de 30 milhões de habitantes. Sua principal atração turística é o Monte Everest.

Os próximos parágrafos foram retirados e adaptados da revista Christian Service Bulletin, versão publicada em julho de 2022, e contam um pouco de alguns testemunhos da Igreja nessa região. O texto original foi feito por Greg Quail, da Austrália.

“O distrito de Birtamod situa-se nas planícies do Nepal, a cerca de uma hora da fronteira oriental com a Índia. Há cerca de 400 grupos étnicos diferentes, cada um falando a sua própria língua. Existem 123 idiomas oficialmente reconhecidos. É o lar de oito das dez montanhas mais altas do mundo e, embora predominantemente hindu, também afirma ser o local de nascimento do fundador do budismo. A irmandade com a qual o irmão Dhruva (ele esteve acompanhando a viagem) se reúne em Birtamod é vibrante. Da primeira à última impressão, é muito evidente que os irmãos se dão bem e se apoiam em amor – apesar da significativa diversidade cultural e adversidades. Alguns exemplos:

  • Dhruva tem uma família bastante grande, a maioria é contra o Evangelho, mas sua sobrinha e sobrinho – cada um com suas próprias famílias – são um forte apoio nas reuniões.
  • Um irmão mais velho, que antes era um feiticeiro, enfrenta constante oposição de sua esposa e seis filhos adultos.
  • Três jovens de uma família (uma das quais se mudou recentemente para os EUA) foram violentamente agredidas por seus pais, fisicamente falando.

Beldangi é uma área de campos de refugiados. Ali, quatro famílias pertencentes ao campo e duas famílias que viajam de Damak se encontram para reuniões cristãs. A cessação do programa de reassentamento da ONU, juntamente com outras complicações, torna cada vez mais improvável que as quatro famílias do campo recebam reassentamento no exterior (o reassentamento é a transferência de refugiados de um país para outro que concordou em recebê-los e, em última instância, conceder-lhes assentamento permanente). Entretanto, suas vidas ficaram mais confortáveis com o apoio de parentes que possuem melhor qualidade de vida – pisos de concreto, telhados de metal, eletricidade, internet em casa – ressaltando que ainda se trata de um campo de refugiados.

Mudando um pouco de cenário, vamos para a remota aldeia de Gaikhana, que está localizada em Sikkim, um estado indiano de falantes nepali. Para chegar até ela é uma viagem de arrepiar os cabelos – caminhos sinuosos, montanhosos e ocasionalmente sem qualquer superfície adequada. Os córregos inundam a estrada, erodindo-a nas encostas íngremes. Depois de sair da “estrada”, a vila tem acesso apenas para pedestres. Na aldeia existem 28 famílias, a maioria budistas. A renda provém principalmente da pecuária: leite, manteiga e queijo. Há uma escola primária no vilarejo, mas para o ensino médio as crianças caminham mais de 6,5 quilômetros — a maior parte morro acima — até Kabi. Em novembro de 2016, John e Dhruva visitaram a vila pela primeira vez apresentando o evangelho, acompanhados por Lal Bahadur Rai do Butão. Desde então, o evangelho entrou em todas as casas e os frutos dessa missão estão crescendo. Entretanto, alguns ainda sofrem:

  • Uma irmã mais velha, recém-batizada, sofre enorme oposição de sua família.
  • Um dos irmãos mais novos, também recém-batizado, é a única pessoa salva de sua família. No entanto, agora sua mãe está começando a ouvir o evangelho.

Estamos muito encorajados pela resposta à Palavra em Sikkim.

Por favor, orem por proteção física e espiritual, pois a perseguição nesta região é real. Pela continuação e expansão da missão, principalmente entre os falantes da língua Nepali (um estado da Índia e Nepal), e também pelos irmãos que estão envolvidos, por providência, coragem, força e sabedoria espiritual.”

E não se esqueça, quaisquer dúvidas, não hesite em nos contatar.

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