Então Maria, tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.

João 12:3

AROMA AGRADÁVEL

Desde o início, cheiros agradáveis eram uma metáfora que Deus usava para mostrar o quanto considerava preciosos a Pessoa e o sacrifício de Seu amado Filho. Era como se esse aroma estivesse reservado para Ele. Esse cheiro suave já tinha subido do holocausto realizado por Noé ao sair da arca. Noé tinha entendido que Deus estava separando algo para Si quando mandou entrar na arca uma quantidade maior de animais puros do que de animais impuros (Gênesis 7:2; 8:20-21). O holocausto sempre se destinava totalmente a Deus; e, também nos outros tipos de oferta, a parte reservada para Deus era a porção memorial aromatizada. O mesmo valia para o azeite da unção e para o incenso do santuário. Era proibido usá-los para qualquer outra finalidade (Êxodo 30:33,38). Aqui, vemos Maria de Betânia ungindo os pés do Senhor Jesus e secando-os com seus cabelos — uma linda imagem da adoração amorosa e reverente com que a alma responde à morte sacrificial do Senhor. E qual foi a consequência? Ela carregou consigo o aroma do nardo, pois os seus cabelos estavam impregnados com ele. Há nisso uma lição profunda para nós: por mais que toda a nossa adoração pertença ao Senhor e não se destine à nossa própria edificação ou ao fortalecimento da nossa fé, é impossível que ela não deixe suas marcas em nós. Vigiemos para que o cheiro do nardo fique em nossos cabelos; em outras palavras, que a reverência da adoração não seja destruída por nossos pensamentos, palavras e ações no dia a dia. Para que isso seja possível, o requisito imprescindível é submeter-se sinceramente ao Senhor e à Sua vontade, simbolizado pelos longos cabelos de Maria.