Então ele [Moisés] disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.

Êxodo 33:18

A GLÓRIA DE DEUS

Moisés, o homem de Deus, passou 40 dias com o Senhor no monte. Recebeu ali as duas tábuas de pedra com os Dez Mandamentos, escritos pelo dedo de Deus. Então desceu da montanha, com as tábuas nas mãos. De repente, viu que os israelitas estavam dançando em torno de um bezerro de ouro. Neste momento, a desobediência do povo transformou a lei, que Deus lhes dera para viver, em sentença de morte — a lei tinha sido transgredida! Intuitivamente, Moisés quebra as tábuas de pedra para que o povo não fosse consumido pela ira santa de Deus. Em seguida, Moisés ora ao Senhor, suplicando misericórdia para o povo — entra “na brecha” pelos israelitas (Salmo 106:23) — e pedindo que perdoe o pecado deles (Êxodo 32:30-32). Esse comportamento de Moisés remete ao Senhor Jesus, que na cruz entrou na brecha por nós e obteve expiação por meio de Seu sangue. Antecipando esse sacrifício, Deus pôde continuar suportando Seu povo volúvel já naquela época.

Em relação ao futuro, o Senhor garante a Moisés: “Irá a minha presença contigo para te fazer descansar” (Êxodo 33:14). O homem de Deus pressente que há uma glória divina até então desconhecida, que vai muito além da lei: a graça de Deus. Por isso, suplica: “Rogo-te que me mostres a tua glória”. Ninguém pode ver a “face” de Deus, mas o Senhor quis Se mostrar a Moisés “pelas costas”. Quando Moisés se coloca sobre uma rocha, como Deus lhe ordenara, o Senhor desce em uma nuvem, chega-Se a ele e clama: “O Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade… que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado” (Êxodo 33:18-23; 34:6-7). Quando Moisés ouve isso, ele se prostra e adora!