1 Coríntios 4:6-21

Qual era a raiz das dissensões na igreja de Corinto senão a soberba (Provérbios 13:10; Lucas 22:24)? Cada um se orgulhava de seus dons espirituais e de seu conhecimento (1 Coríntios 1:5), esquecendo-se de uma coisa: que eles tinham recebido tudo isso por pura graça. Para que permaneçamos humildes, recordemos sempre a pergunta feita no versículo 7: “E que tens tu que não tenhas recebido?”.

Além disso, inchar-se com o vento de sua própria importância era almejar algo diferente de “Jesus Cristo, e este crucificado” (2:2). Era querer “reinar” desde já, apesar de estar escrito: “Se perseveramos [no presente], também com ele reinaremos” (2 Timóteo 2:12). Por sua parte, o apóstolo Paulo não havia invertido as coisas. Ele voluntariamente tinha assumido sua posição com o “lixo do mundo, escória de todos” (v. 13)… uma posição que pouquíssimos cristãos estão prontos a aceitar. Porém, como Paulo tinha em vista a verdadeira felicidade dos seus queridos coríntios, suplica-lhes que sigam com ele o mesmo caminho. O apóstolo era o pai espiritual deles (v. 15) e desejava que se assemelhassem a ele, assim como os filhos se assemelham aos pais. No entanto, se suas advertências não fossem consideradas, ele estava disposto a usar a “vara” ao encontrá-los, cumprindo com severidade esse dever paternal para o bem de seus “amados filhos” (v. 14).