Os soldados... tomaram... também a túnica. A túnica, porém, tecida toda de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será.

João 19:23-24

A TÚNICA SEM COSTURA (Leia Gênesis 37:3 e João 19:19-23)

  Jacó tinha feito uma túnica especialmente bela para José, seu muito amado filho. Mas seus irmãos, invejosos, não podiam suportar tal distinção e o odiaram. Quando tiveram uma oportunidade, arrancaram-lhe a túnica e o venderam para uns comerciantes. Em seguida, mataram um cabrito, mancharam a túnica com o seu sangue e a enviaram a seu pai junto com a seguinte mensagem: “Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho” (Gênesis 37:32). Ficamos surpreendidos ao ver tanto ódio manifestado em semelhante ato de crueldade. O sofrimento de José como escravo e a dor do pai recebendo essa túnica ensanguentada nos comove profundamente. É possível que o coração do ser humano possa ser tão mau? Sim, e muito mais do que isso. 

  Séculos mais tarde, o filho Unigênito e muito amado de Deus, Jesus Cristo, veio à terra. Ele assumiu forma humana, um corpo (Filipenses 2:7). Levava uma túnica “tecida toda de alto a baixo, não tinha costura”. Ela refletia a perfeição de Sua conduta. Essa perfeição fazia ressaltar o pecado e a culpa dos homens, e isto eles não podiam aceitar. Tomaram-lhe Sua túnica e, com muito mais maldade que seus antepassados, crucificaram ao Senhor Jesus. 

  Mas o sangue que saiu do lado do Senhor crucificado purifica a todo aquele que reconhece que é pecador. Ao maior ódio, a resposta foi o mais perfeito amor.