Bem tens conhecido a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha confusão; diante de ti estão todos os meus adversários. Aproxima-te da minha alma, e resgata-a; livra-me por causa dos meus inimigos.

Salmo 69:19,18

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DOS SALMOS (Leia Salmo 69:1-19)

  O Salmo 68 mostrou Cristo elevado no céu como Vencedor, recebendo gloriosos dons (v. 18). O Salmo 69 apresenta Cristo humilhado, coberto de vergonha, em indescritível sofrimento, tendo de restituir o que não havia furtado (v. 4). Essa mesma ordem é encontrada nos Salmo 21 e 22, para que não tenhamos dúvida sobre a grandeza da Pessoa que iria sofrer. Assim como a arca abriu caminho para que o povo pudesse atravessar o rio Jordão (rio da morte), Cristo foi ao Calvário tomando sobre Si a carga dos nossos pecados, a nossa “estultice” (v. 5). Ele mergulha no tenebroso lamaçal do pecado, nas profundezas das águas do julgamento (v. 2); vê o terrível poço da morte ameaçando engoli-Lo (v. 15); e, apesar de tudo isso, não cessa de elevar Sua oração ao Seu Deus (v. 13).

  A citação do versículo 9, em Romanos 15:3, nos convida a imitá-Lo, nosso grande Exemplo, o qual jamais procurou agradar a Si mesmo, ou dissociar-Se dos insultos que os homens lançavam sobre Seu Pai (Mateus 27:43).

  Ele pede também que essa provação não seja uma pedra de tropeço para os crentes, quando O virem imerso em tamanha angústia (v. 6).