Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos... Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.
João 6:53-54
SUA CARNE E SEU SANGUE
Os judeus que ouviram essas palavras do Senhor Jesus se perturbaram (compreensivelmente), porque sabiam que beber sangue, literalmente, estava proibido pelas Escrituras; e beber o sangue do Senhor Jesus implicava em algo incompreensível para eles. Como aquilo podia ser possível? Porém, eles deviam dar-se conta que o Senhor não estava falando literalmente, pois mais tarde Ele deixa claro que as palavras que estava falando “são espírito e vida” (v. 63); portanto, o seu significado espiritual é de suma importância.
Alguns têm aplicado esta Escritura à Ceia do Senhor, mas isso não está correto. De outro modo, estamos destinados a considerar profundamente no coração que a carne do Senhor e o sangue se separaram quando Ele se converteu no maravilhoso sacrifício pelo pecado na cruz do Calvário.
Ele fala de Sua carne como o pão da vida que desceu do céu (v. 51), e comer este pão é levar no coração a verdade de que Ele veio em humilde humanidade, e que levou “ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (1 Pedro 2:24); tal fé é comer Sua carne. Mas e quanto a beber o Seu sangue? Isso é levar no coração o fato de que Seu sangue foi derramado para quitar a culpa dos nossos pecados. O Antigo e o Novo Testamento insistem em nos dizer que “sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22; Levítico 17:11).
A fé no valor do corpo do Senhor Jesus, oferecido em sacrifício voluntário por nós, e a fé no valor de Seu sangue derramado por nós é o meio pelo qual, espiritualmente, comemos a carne e bebemos o sangue do Filho do homem. Essa fé é de um valor vital, porque é o que nos une de coração e alma ao Senhor Jesus.