Alegrai-vos na esperança. Para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pelo poder do Espírito Santo.
Romanos 12:12; 15:4,13
MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE JEREMIAS (Leia Jeremias 32:1-15)
O capítulo 32 apresenta alguns eventos particularmente críticos. Jerusalém, sob o cerco do exército da Babilônia, está vivendo seus últimos dias de independência. A fim de manter Jeremias quieto, depois de ter sido acusado de minar a coragem daqueles que estão sob o cerco, o rei se deu ao trabalho de prendê-lo no pátio da guarda da corte. No entanto, a prisão do profeta não impede que a palavra do Senhor chegue até ele. Também não o impede de seguir as instruções que recebe, ele compra o campo de seu primo Hananel por meio de um terceiro, o fiel Baruque, mencionado aqui pela primeira vez. Neste momento, esse ato tem uma importância óbvia e pública. Apesar de saber da palavra do Senhor que a destruição é iminente e inevitável, Jeremias desta forma mostra a sua fé na mesma Palavra divina, segundo a qual a restauração de Israel com certeza ocorrerá (cp. 31). A situação pessoal do profeta parece não ter futuro (que utilidade tem um campo para um prisioneiro?), a do povo é sem esperança; humanamente falando, Jeremias não pode esperar ajuda de seus compatriotas, nem do exército dos caldeus. Contudo, contra toda esperança ele creu com esperança (veja Rm 4:18). E esse campo que ele compra testemunha a todos desta esperança.