Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.
Eclesiastes 8:11
A paciência de Deus conosco
«Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade» (Sl 103:8). Essa afirmação é feita oito vezes na Bíblia. De certa forma, é uma declaração da forma de governo de Deus. A primeira vez que Ele o declarou foi a Moisés, quando o povo de Israel havia transgredido a lei que acabara de ser dada (cf. Êx 34:6). O versículo de hoje descreve a reação de muitas pessoas à paciência de Deus: elas a tomam como oportunidade para prosseguirem com os seus caminhos maus. Isso só se explica interpretando-se a atitude graciosa de Deus como tolerância ou mesmo prova de Sua inexistência – um erro fatal, contra o qual a Bíblia faz sérias advertências.
«Desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti… e da manifestação do juízo de Deus; o qual recompensará cada um segundo as suas obras» (Rm 2:4-6). «Odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te repreenderei, e as porei por ordem diante dos teus olhos» (Sl 50:17-21).
«O Senhor… é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam» (2 Pe 3:9).