Na verdade, somos culpados.... Não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus.
Gênesis 42:21; 45:8
JOSÉ E O SENHOR JESUS
A vida de José traz uma quantidade tão numerosa de metáforas que apontam para o Senhor Jesus como poucas vezes encontramos no Antigo Testamento. Queremos citar alguns exemplos: José desfrutou de um amor especial do pai. Isso despertou o ciúme de seus irmãos, que passaram a odiá-lo. O Senhor Jesus também tinha convicção do amor e da atenção de Seu Pai; e Ele também foi hostilizado por isso. “Tenho-me tornado um estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe”. O ódio dirigido contra Ele nascia do ciúme e da inveja. Pilatos sabia que os sacerdotes o haviam entregado “por inveja”. E o próprio Senhor afirmou: “Odiaram-me sem causa” (Salmo 69:8; Mateus 27:18; João 15:25). A Bíblia relata o seguinte a respeito do período que José passou na prisão no Egito: “Cujos pés apertaram com grilhões; foi posto em ferros” (Salmo 105:18). E, assim como aconteceu com José, também para Cristo o caminho do sofrimento O levou à glória. Dessa forma, o Espírito Santo já tinha testificado anteriormente pelos profetas sobre “os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir” (1 Pedro 1:11). Os sonhos de José e seu cumprimento futuro, quando governou o Egito, nos lembram a glória do Senhor Jesus depois de Seus terríveis sofrimentos. No futuro, quando Israel reconhecer que “na verdade, somos culpados”, também receberá do Senhor a graça que José demonstrou: “Não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus”. Então olharão para Cristo, a Quem traspassaram, e prantearão sobre Ele e chorarão amargamente (Zacarias 12:10).