O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.

Eclesiastes 1:9

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE ECLESIASTES (Leia Eclesiastes 1:118)

O livro de Eclesiastes pode ser resumido nestas palavras do Senhor Jesus: “Quem beber desta água tornará a ter sede” (João 4:13). O poço de Sicar é uma figura de um mundo árido e enganoso no qual não se pode encontrar nenhuma felicidade duradoura. A maioria das pessoas é como aquela mulher samaritana. Elas estão prontas para receber a água viva, o dom gratuito do Filho de Deus, mas só depois de descobrir por experiência própria que “a água” deste mundo não pode de modo algum saciar a sede de sua alma (comp. Jeremias 2:13).

O Pregador tinha experimentado isso, e sua experiência está registrada neste livro para nos ajudar a evitar a mesma decepção. Esta é a experiência de alguém que, por causa de sua grandeza e sabedoria, estava mais qualificado a esquadrinhar e a se informar “de tudo quanto sucede debaixo do céu” (v. 13). O Pregador não é outro senão o próprio Salomão, rei de Jerusalém, cujo testemunho de que “nada há, pois, novo debaixo do sol”, ainda tem o mesmo peso. É verdade que muitas coisas não têm a mesma aparência exterior, mas o coração humano continua exatamente o mesmo, e as consequências do pecado ainda estão aqui: “Aquilo que é torto não se pode endireitar; e o que falta não se pode calcular” (v. 15).