Porque também nós éramos noutro tempo... vivendo em malícia e inveja, odiosos, e odiando-nos uns aos outros.
Tito 3:3
A CRIANÇA DA PAZ (1)
Até 1962 a tribo dos Sawi, no oeste da Nova Guiné, vivia muito isolada. O único contato deles era com as tribos vizinhas. Os sawis eram caçadores, e a traição maliciosa era considerada o seu mais elevado ideal. Por meses eles podiam tranquilizar os habitantes dos outros vilarejos com um falso sentimento de segurança por meio de seu comportamento amigável, somente para então atacá-los de repente, de forma perversa. Essa atitude pode ser descrita como: “engordar o leitão para o final do ano”. Em 1962, um casal de missionários com sobrenome Richardson foi à tribo. Eles foram recebidos com cautela pelos sawis, que tinham em grande estima os instrumentos do homem branco. Os missionários aprenderam a língua e logo foram capazes de contar as histórias bíblicas. Mas o que era dito sobre a vida e a obra do Senhor Jesus Cristo não ecoava em seus corações. Somente uma vez o senhor Richardson foi aplaudido por uma história: ele contou acerca da traição de Judas para com o Senhor Jesus Cristo. Os sawis escutavam atentamente a história de como Judas havia sido um discípulo do Senhor por três anos, acompanhando-O e comendo com Ele. Então Judas O traiu. Ninguém tinha considerado isso! O senhor Richardson sentiu a admiração e a empolgação dos sawis e então percebeu: para eles Judas era o personagem modelo! O traidor era o herói deles. Ele se encaixava exatamente no ideal deles. O missionário tentou mostrar a maldade dos atos, mas viu o encanto que brilhava nos olhos dos sawis. Nada podia mudar a visão deles naquela noite.
(Continua)