Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus… pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem.
Romanos 3:21-22
A NOVA VIDA: A JUSTIFICAÇÃO (1)
Quando um culpado é perdoado não tem de sofrer nenhum castigo. Caso se trate de um perdão humano, passa-se por cima da falta e ninguém tem de responder por ela. Se o perdão é divino, a falta é expiada, pois Cristo suportou o castigo que ela merecia (Isaías 53:5).
Em certo sentido, o perdão é o lado negativo: o pecado é esquecido e não há castigo para o culpado. Ser justificado é o lado positivo: o acusado é declarado justo e não carrega a culpa. Como isso é possível? Deus colocou Cristo como “propiciação”. A propiciação não apazigua um Deus vingador, mas permite a Deus ser justo ao justificar o pecador: “Àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Romanos 4:5).
Em uma noite estrelada, Abraão, por convite divino, saiu de sua tenda, e Deus lhe disse: “Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência”. Abraão não tinha filhos e, humanamente falando, não havia nenhuma chance de tê-los. Mas “creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça” (Gênesis 15:5-6). A fé aceita que Deus é justo ao justificar o culpado. Ela não somente foi imputada a Abraão, “mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; o qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4:23-25).
(Continua)