Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Romanos 12:1
A GRAÇA E A MISERICÓRDIA DE DEUS (2)
As ricas misericórdias de Deus, que Paulo apresentou nos primeiros capítulos desta carta, são um tremendo incentivo para dedicarmos nossa vida inteira a Deus. Elas são a base para as exortações que se seguem. O crente foi salvo tão somente pela graça. E essa graça deve marcar toda a sua vida de fé e seu serviço a Deus. O homem natural e a “carne” — que continua dificultando a vida do crente — tendem a se orientar por ordens legalistas. Isso é uma tentativa de fazer com que os próprios méritos tenham valor diante de Deus e dos outros. Mas essa tentativa está sempre fadada ao fracasso (cp. 7). Em vez disso, precisamos nos conscientizar do que o próprio Deus fez e o que aconteceu conosco na morte de Cristo! Precisamos partir do princípio de que morremos para o pecado e para lei, a fim de viver para Deus em Cristo (cps. 6:11; 7:4,6). É a isso que se refere essa forte expressão: “sacrifício vivo”. Ela liga a ideia da morte com uma vida santa que agrade a Deus.
Essa oferta voluntária não alcança apenas o espírito, mas também abrange o corpo, que antigamente servia ao pecado. A pessoa inteira, com todas as suas habilidades, agora deve estar à disposição de Deus. Este é o nosso serviço racional — para isso fomos libertados (cp. 6:12-23); e o Espírito de Deus, que habita em nós (cp. 8:14), quer nos orientar nisso. “Apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Romanos 6:13).
(Concluído)