E… quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto... Mas Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto do Mar Vermelho.
Êxodo 13:17-18
DESERTOS
Será que os desertos têm alguma serventia? Não importa se são de rochas ou de areia — eles são áridos, hostis, desolados. No deserto, qualquer pessoa se sente pequena, indefesa e solitária. O deserto pelo qual Deus fez o povo “rodear”, e no qual depois caminharam por 40 anos, tinha dois propósitos: era um lugar de prova para o povo — e, para Deus, um lugar de cuidado. Como lugar de prova, revelou o que havia no coração dos israelitas — como lugar de cuidado, mostrou o que havia no coração de Deus. Deus permitiu que eles passassem algum tempo ali para “humilhar… provar, para saber” o que havia no coração dos israelitas, se obedeceriam ou não aos Seus mandamentos. E como eles se mostraram? Reclamões, rebeldes, incrédulos e desobedientes. Mesmo assim, eles experimentaram como Deus os alimentou com maná, suas roupas não se estragavam e seus pés não inchavam. Durante quarenta anos Deus cuidou deles ali com carinho e atenção (Deuteronômio 8:2-4). O tempo no deserto mostrou que Israel era um “povo obstinado” — mas também que Deus os “suportou” ali (Deuteronômio 9:6; Atos 13:18). Sede, dificuldades, perdas, fracassos e solidão são desertos na vida. Para mim, representam uma prova: nesses momentos, revela-se o que há no meu coração, e muitas vezes sou obrigado a reconhecer quão pequena é a minha fé. Ao mesmo tempo, esses períodos me mostram como meu Deus é fiel, como Ele me sustenta, corrige, alimenta, consola e leva ao destino. Experimento o Seu amoroso cuidado comigo! “[Louvai] àquele que guiou o seu povo pelo deserto; porque a sua benignidade dura para sempre” (Salmo 136:16).