Um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua.

Lucas 15:11-13

LONGE DE DEUS (1)

Talvez você diga: “Ah não, a parábola do filho pródigo de novo!”. Ela está dentre as parábolas clássicas que Cristo contou. Ela é adequada para o nosso tempo? O assunto e os acontecimentos que ela descreve são bem atuais. Observadores da vida contemporânea, que lidam com questões sociais e culturais, têm cunhado a expressão: “sociedade do prazer” para descrever a nossa geração. Ela revela a inclinação que as pessoas de hoje têm para aproveitar a prosperidade que alcançaram sem muito esforço. “Faça o que você gosta, aqui e agora; não se preocupe em aprender, estudar e conseguir um emprego. Não case; isto traz muita responsabilidade!” A legislação e a publicidade parecem favorecer tais atitudes também. Qual era a preocupação do filho mais novo na parábola? Ele queria a porção dos bens da sua herança que lhe era devida. Ele não conseguia esperar que seu pai morresse. Ele queria tirar proveito do melhor da vida de uma só vez. Acaso isso também não é verdade das pessoas de hoje em dia?

O que é tão surpreendente: o pai realmente deu-lhe o que ele queria. Deus é um grande doador, que não retém nada de bom para a humanidade, nem mesmo para aqueles que o ignoram totalmente. Aquele filho não encontrava nenhuma alegria na casa do seu pai. Nós também dizemos: “Vamos curtir” — mas sem Deus? Onde vamos acabar?

(Continua)