Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.
Romanos 3:28; Tiago 2:24
Fé e boas obras
Será que não há uma contradição aqui? Como podemos ser justificados: pela fé em Cristo ou pelas nossas próprias boas obras? Estas, de fato, não podem nos salvar do juízo de Deus por causa dos nossos pecados. Elas nunca nos justificarão diante de Deus. Isso só é possível por meio da fé em Jesus Cristo e Sua morte expiatória. O apóstolo Paulo faz uma exposição detalhada dessa verdade em Romanos, capítulos 3 a 5. No entanto, depois de alguém ter sido justificado por Deus pela fé, Ele com toda certeza espera boas obras dele como consequência. Não é preciso realizá-las para pôr em ordem as coisas com Deus, pelo contrário. Elas são o resultado e o fruto da vida eterna, recebida por todos aqueles que se convertem a Deus, crendo em Cristo.
No capítulo 2 da sua epístola, Tiago não diz nada de diferente. O que ele diz é que a fé viva proporcionada por Deus se revela visivelmente por meio de boas obras. Se, portanto, nenhuma boa obra for visível, a suposta fé só pode ser teórica e morta, não genuína e viva (cf. Tg 2:17,20,26).
De modo semelhante, quando Tiago fala em justificação aqui (v.24), ele não se refere à justificação diante de Deus (como Paulo fez em Romanos), e sim a justificação diante dos homens por meio de boas obras, como resultado e prova da fé. Esse pensamento é confirmado pelo v. 18: “Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.”
