Jesus, porém, lhe disse [a Judas Iscariotes]: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam.
Mateus 26:50
Amor ao traidor
Os acontecimentos acerca dos quais o Senhor Jesus havia falado muitas vezes aos seus discípulos estavam prestes a ocorrer: ou seja, a Sua condenação injusta à morte, depois Seus sofrimentos e a morte na cruz. Lendo a Bíblia, reconhecemos em muitos detalhes do relato da Páscoa como as profecias do Antigo Testamento se cumpriram literalmente. Isso também se aplica à traição por Judas, um dos doze discípulos. O rei Davi fala profeticamente nos salmos sobre um “íntimo amigo” (Sl 55:13) que maliciosamente o “apunhala pelas costas”: “Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” (Sl 41:10; cf. Jo 13:18).
Por meio da sua traição dissimulada, Judas se tornou o epítome do mal. Ele liderou uma grande multidão, incluindo servos armados do templo, até o jardim do Getsêmani, se aproximou do Senhor Jesus e beijou-O ostensivamente, para que os soldados soubessem quem deveriam prender.
Como o Senhor reagiu? Ele perguntou a Judas: “Amigo, a que vieste?” A pergunta poderia ter atingido a sua consciência, mas em outra passagem da Escritura lemos que o diabo havia assumido controle dele (cf. Lc 22:3). Dominado pela ganância, Judas agiu com frieza. Em contraste, o Senhor Jesus continuava se dirigindo a ele como “amigo”, demonstrando Seu amor inconcebivelmente grande por pecadores, até mesmo por Judas. Este incidente mostra claramente que a graça de Deus precisa ser aceita por meio de arrependimento e conversão sinceros.
