Vai nesta tua força... Qual o homem, tal a sua valentia.

Juízes 6:14; 8:21

A força de Gideão

Os textos de hoje apresentam duas afirmações que soam similares, porém são contrastantes.

Vai nesta tua força.” Essas são palavras verdadeiras do próprio Deus. A força de Gideão advinha da fraqueza que ele sentia tão profundamente. Ele era o filho mais novo de uma família insignificante. Assim, ele se considerava um servo inapropriado de Deus. Porém, Deus podia usá-lo justamente por esse motivo. O versículo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12:9) cabe bem aqui. Qualquer confiança na força humana é um impedimento ao poder de Deus; humildade e um senso de fraqueza são os pré-requisitos para a obra de Deus (cf. Jz 6:15).

Em uma ocasião posterior, os inimigos de Gideão disseram acerca dele: “Qual o homem, tal a sua valentia”. Aqui, Gideão foi elogiado, até mesmo bajulado pela sua força e vitória impressionante. Por acaso, as palavras do inimigo soam melhor aos nossos ouvidos do que aquilo que Deus disse? Não ficamos mais felizes, mais satisfeitos, mais autoconfiantes quando a força, e não a fraqueza, nos caracteriza? A força não é mais desejável do que um senso de fraqueza humilhante, indefeso? Frequentemente, não oramos por força para nós? Quando é que pensamos nos requisitos básicos de Deus, nossa fraqueza, em nossas orações? Os padrões e valores de Deus são diferentes dos nossos. Para que o poder de Cristo seja eficaz em nós, precisamos estar conscientes da nossa própria fraqueza e aceitá-la. Então, Deus terá a oportunidade de mostrar Seu poder. Vamos orar para que Ele possa ser glorificado em nossas vidas, mesmo ou justamente em tempos quando sentimos nossa fraqueza tão profundamente.