Não sejais sábios em vós mesmos.

Romanos 12:16

Presunção ou humildade?

Quem se considera sábio arrisca confiar mais no seu próprio julgamento do que na Palavra de Deus. Com a exortação acima, Paulo talvez tenha pensado no conselho de Salomão: «Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal» (Pv 3:7). Este versículo é um alerta contra qualquer sabedoria que suponha poder avançar até o limite do que é permissível. O temor genuíno de Deus, por outro lado, afasta a pessoa do mal. Nossa própria inteligência leva à independência de Deus e, portanto, a um caminho de pecado. Então, corremos o risco de deixar de perguntar quais os pensamentos de Deus acerca da nossa vida, confiando frivolamente no nosso conhecimento e na nossa inteligência. Pois bem, podemos ser gratos por nosso entendimento ou nossa perspicácia, mas se os valorizamos tanto a ponto de estarmos indispostos a ouvir os demais, as coisas ficam sérias (cf. Pv 12:15). É um sinal de temor de Deus ouvir bons conselhos. O apóstolo Paulo escreveu aos crentes em Éfeso que se sujeitassem «uns aos outros no temor de Deus (5:21). Conhecimento insuficiente acerca dos pensamentos e caminhos de Deus pode nos levar a crer que somos sábios e nos inclinar a um senso de superioridade. Em Romanos 11:25, Paulo escreveu aos crentes em Roma que eles sabiam do mistério do caminho de Deus com as nações, por um lado, e com Israel, por outro, de modo que não deveriam ser sábios aos seus próprios olhos.

Prepotência e orgulho podem levar à queda. Como crentes, não devemos esquecer que todas as bênçãos que recebemos são por pura graça, e que somos responsáveis diante de Deus pela forma como nos portamos.