Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus.
Mateus 5:3
O valor de ser pobre em espírito
Que tipo de pessoas é designado aqui como «os pobres em espírito»? São pessoas com capacidades mentais limitadas, os ingênuos? De modo algum! São pessoas que não buscam as respostas para os maiores problemas da vida em si mesmas, mas reconheceram que somente Deus pode dar as respostas. A medida das nossas capacidades mentais não é decisiva nesta questão. Um grande cientista ou um pensador profundo que permaneceu humilde diante de Deus tem maiores chances de ser considerado um deles do que uma pessoa ingênua cujos pensamentos próprios sobre Deus significam mais para ela do que a Palavra de Deus. É a atitude do coração que conta.
O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios: «Nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado», embora pouco depois acrescentasse: «As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito» (1 Co 2:2,9-10). O conhecimento espiritual de Paulo era praticamente incomparável, mas ele não se aproximava dos outros confiando no seu próprio conhecimento. Ele desejava atrair atenção exclusivamente a Jesus Cristo. Era somente porque Paulo não se autoexaltava que Deus podia trabalhar por meio do apóstolo de maneira tão eficaz.
Não nos deixemos desviar por zombadores que acham que precisam sorrir de forma complacente aos «pobres» que são sábios o suficiente para perceberem que sua própria inteligência é insignificante. O versículo: «Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos» se aplica a esses zombadores (Rm 1:22).