Se houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime enorme, com razão vos sofreria, mas, se a questão é de palavras, e de nomes, e da lei que entre vós há, vede-o vós mesmos; porque eu não quero ser juiz dessas coisas.
Atos 18:14-15
O perigo da indiferença
O apóstolo Paulo estava trabalhando incessantemente por Cristo, cujos seguidores ele anteriormente havia perseguido. Agora, durante a sua segunda viagem missionária, ele foi acusado pelos seus compatriotas judeus e levado perante o procônsul Gálio. A princípio, nenhuma decisão foi tomada em relação à Paulo, para benefício dele e da propagação da mensagem do evangelho. Com as palavras citadas acima, o procônsul rejeitou a acusação.
O que Gálio disse soa muito atual. Ele não queria julgar questões de fé. Muitos séculos depois, a autoridade relativa entre a igreja e o estado ainda continuava sendo ferrenhamente disputada. Os cristãos são favoráveis à liberdade religiosa não apenas para si mesmos, mas também porque converter-se a Cristo não é algo que pode ser imposto à força. Deve vir de uma convicção pessoal e decisão de fé. O Novo Testamento nos ensina que a Igreja não foi chamada para governar o mundo, mas para seguir a Cristo mesmo no sofrimento.
Porém, ao lermos as palavras de Gálio, temos a impressão de que a sua atitude advinha de indiferença pessoal. Embora fosse bom não tomar uma decisão como juiz, a sua indiferença pessoal quanto à questão era perigosa. Simplesmente ignorar a Cristo despreocupadamente significa rejeitar a salvação eterna oferecida a nós no evangelho.