O Senhor é a minha força e o meu cântico; e se fez a minha salvação.
Salmo 118:14
(Leia Isaías 38:1-16)
Aqui a fé de Ezequias obtém do Senhor uma resposta ainda mais poderosa que no capítulo anterior. A morte se apresenta como um visitante indesejado. O desespero que o rei sente quando é confrontado com ela nos mostra uma coisa: ele não conhecia a promessa que Deus fizera pela boca de Isaías: “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos” (cp. 25:8). Ezequias, que vivia nos tempos de promessas para a terra (Salmo 116:9), não pôde ver além da extensão de seus dias. Ele não tinha diante de si a certeza da ressurreição que os redimidos possuem hoje. Não sabia que “o morrer é lucro”, pois “partir e estar com Cristo… é incomparavelmente melhor” (Filipenses 1:2123). Contudo, Deus ouviu suas orações, viu suas lágrimas e apiedou-se dele (Salmo 34:6). Nesta ocasião também, Deus acrescentou um sinal de graça à Sua resposta: a sombra retrocede no relógio de sol como um símbolo do julgamento adiado.
O versículo 3 nos traz à mente Hebreus 5:7 e as lágrimas do Getsêmani. Quem mais além do Senhor Jesus poderia se encaixar plenamente nessas palavras?
Esse belo relato também está registrado em 2 Reis 20:1-11, mas é apenas aqui que encontramos o comovente cântico de Ezequias, que acompanhou sua cura.