E Arão… confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto.

Levítico 16:21‑22

Dois bodes e a glória de Cristo (2)

Aqui, no caso do segundo bode, sobre o qual recaiu a sorte para ser o “bode emissário”, temos uma simbologia diferente daquela que Ele padeceu sob a “sorte pelo Senhor”. Existe aqui outro pensamento associado à morte de Cristo: substituição e total perdão dos pecados do povo. Assim como a morte de Cristo é a base da revelação da glória de Deus, ela também é fundamental para o completo perdão dos pecados de todos os que creem nEle. Se perguntarmos: “Onde estão nossos pecados?”, a resposta será: “Consumidos”. Como? Pela morte de Cristo que glorificou a Deus. Quantas transgressões o bode carregou? Todas! Não restou nenhuma. Para onde ele as levou? Para o deserto, onde jamais poderiam ser encontradas. No grande dia da expiação, os dois bodes representavam a obra de redenção do Senhor Jesus em um duplo sentido. Primeiro vemos a expiação dos pecados, que desonraram a Deus, e a maneira pela qual a glória de Deus foi restaurada aqui na terra. Em segundo lugar, reconhecemos como a multidão de nossos pecados foi colocada sobre nosso Substituto. Ambos os aspectos são igualmente perfeitos. O resultado: reconciliação com Deus concedida ao pecador que se arrepende e deseja a conversão. Resta-nos adorar a esse Senhor que tanto sofreu por meus e pelos seus pecados, querido leitor.

(Concluído)