Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o odeio.

1 Reis 22:8

O PROFETA MICAÍAS

Acabe, o rei de Israel, convidou Jeosafá, rei de Judá, para uma campanha militar conjunta. Não era a coisa certa a fazer, pois Acabe era um homem ímpio e Jeosafá temia a Deus. Jeosafá queria consultar ao Senhor por meio de um profeta. Por fim, Acabe lhe apresenta um homem a quem ele odiava, Micaías — no qual é possível reconhecer indícios que apontam profeticamente para o Senhor Jesus. Assim como Acabe odiava esse profeta, os judeus também odiavam Jesus. No início de Seu ministério, os que iam à sinagoga “se maravilhavam das palavras de graça” que Ele proferia. Mas quando o Senhor observou que a graça se expandiria para além das fronteiras de Israel, “todos, na sinagoga… se encheram de ira” e quiseram matá-Lo. Neste momento, ficou claro que eles viam o Filho de Deus em Sua graça e maravilhoso poder, mas que odiavam tanto a Ele quanto a seu Pai (Lucas 4:22,28; João 15:24). Até o ímpio rei Acabe teve de reconhecer que Micaías realmente falava em nome de Deus. E quanta autoridade tinha a palavra do Senhor Jesus! Quando pregou em Cafarnaum, “maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade” (Marcos 1:22). Este um homem, chamado Micaías, proclamava as palavras de Deus, e teve de sofrer por isso. Mais tarde, o Senhor Jesus, que era “a verdade” e “dava testemunho da verdade”, também teve de sofrer e morrer. Mas Ele não foi um simples mártir, Ele sofreu vicariamente por nós. Somente assim nós, “odiosos” que “odiavam uns aos outros” e que davam atenção ao “pai da mentira”, pudemos ser libertados pela verdade (João 14:6; 18:37; Tito 3:3; João 8:44). Vamos agradecer a Deus porque também nós temos esse um Homem! O Senhor Jesus glorificou a Deus e nos libertou.