Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Salmo 23:4
SALMO 23 (7)
As palavras “vara” e “cajado” não se referem necessariamente a dois objetos diferentes usados pelo pastor. A vara, como símbolo da presença do pastor, tem múltiplos significados. A palavra traduzida como “vara”, relacionada à atividade pastoral, aparece ainda em outras passagens. Em Levítico 27:32 e Ezequiel 20:37, as ovelhas passam debaixo da vara para que o pastor as conte. Isso indica que o pastor vigia seu rebanho. O texto original de Miqueias 7:14 também contém a palavra que o Salmo 23 traduz como “vara”: “Apascenta o teu povo com a tua vara, o rebanho da tua herança, que habita a sós, no bosque”. Esse versículo mostra o que faz parte da atividade do pastor: ele dá às ovelhas o alimento de que precisam; providencia proteção nas circunstâncias da vida e face aos perigos à sua volta. E certamente também inclui a ideia de restauração, a saber, de reencontrar uma ovelha perdida “no bosque”. Para quem caminha pelo “vale da sombra da morte”, o “consolo” da “vara” também está no poder e amor com que o pastor orienta, protege e restaura Suas ovelhas.
Já a palavra “cajado” no Salmo 23, lembra mais um bastão usado como apoio na hora de caminhar, enfatizando assim conceitos como “sustento” e “força”. Em Cristo encontramos tudo o que o cajado representa; Ele mantém o cristão em pé durante toda a vida deste. Qualquer outro cajado, qualquer outra base de confiança falha. Mas Cristo é para nós sabedoria e fonte de ajuda de Deus em qualquer situação.
(Continua no próximo domingo)