E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
João 17:20-21
CONSIDERAÇÕES SOBRE JOÃO 17 (8)
Quando intercedeu pelos Seus, o Senhor não estava pensando apenas no pequeno grupo dos Seus discípulos. Seu coração abrangeu todos que, a partir do dia de Pentecoste, chegariam a crer nEle. A maior parte deles não encontrou a fé pelo testemunho verbal dos apóstolos, já que estes viveram apenas poucos anos na terra. Mas Sua palavra permaneceu na forma das Escrituras inspiradas do Novo Testamento. Desde o princípio, essa foi a base determinante para a proclamação do evangelho — e isso vale até hoje. No contexto desse conjunto de todos os crentes, o Senhor pede, pela segunda vez, por unidade. Quando comparamos este pedido com o primeiro, vemos uma diferença: da primeira vez, o pedido limitava-se à unidade entre os apóstolos: “para que sejam um, como nós” (v. 11) — unidos em pensamento e ação. Agora ele diz: “que também eles [aqueles que haveriam de crer nEle] sejam um em nós”. Isso com certeza representa uma unidade formada a partir de seu interesse comum no Pai e no Filho. A base para isso é a vida eterna, a natureza divina que todos os crentes possuem. Que testemunho maravilhoso o mundo vê quando pessoas das mais diferentes origens culturais e religiosas, e que ainda por cima são muito diferentes em termos sociais e intelectuais, são unidas! Essa unidade era visível no começo de Atos: “Era um o coração e a alma da multidão dos que criam” (Atos 4:32). Quanto disso ainda é visível hoje em dia?
(Continua no próximo domingo)