Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.

João 17:17-19

CONSIDERAÇÕES SOBRE JOÃO 17 (7)

O Filho de Deus, vivendo na terra como homem, ora a Seu Pai. Seus pedidos são primordialmente pela vida de Seus discípulos, que Ele deixaria aqui no mundo. Queria que ficassem a salvo do mal. Mais que isso: o Pai celeste deveria santificá-los por meio da verdade. A Palavra do Pai não apenas os separava do mundo, mas também dos velhos costumes e hábitos ligados ao judaísmo. Naturalmente, a Lei de Moisés não era apropriada para esse tipo de santificação. Pessoas às quais o Filho de Deus deu a vida eterna precisam de uma diretriz muito mais abrangente para sua vida. A Palavra consumada de Deus lhes fornece a verdade. Deus já compartilhara partes da verdade com Seu povo terreno, mas nunca a verdade — até que veio Jesus, a Verdade em Pessoa. NEle revelou-se quem é Deus, quem é o ser humano, quem é o diabo, o que é pecado — em resumo: a realidade de todas as coisas. Dessa forma, a verdade é capaz de nos resgatar do autoengano desse mundo. Esse santificar-se para Deus refere-se ao ministério dos discípulos: eles precisavam ser moralmente adequados à nova tarefa que desempenhariam. Afinal, assim como o Filho de Deus tinha sido enviado ao mundo e ali revelara o Pai, assim agora os discípulos seriam enviados ao mundo para anunciar seu Senhor e Mestre. Havia ainda mais uma coisa necessária para sua santificação: o próprio Senhor precisava santificar-se, isto é, entrar na glória dos céus, para que nosso coração não se perca nesse mundo, mas esteja sempre junto ao seu “tesouro” no Céu — com Cristo.

(Continua no próximo domingo)