Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e neles sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti.

João 17:9-11

CONSIDERAÇÕES SOBRE JOÃO 17 (4)

Nestes versículos descobrimos por que o Senhor ora por Seus discípulos. Ele tinha passado três anos com eles, cuidando deles com muito amor. Mas agora algo mudaria de forma drástica: Ele voltaria para o Pai e não estaria mais fisicamente presente no mundo. Mesmo assim, algo permanece inalterado: o coração do Senhor continua junto dos Seus. Ele os ama “até o fim” (cp. 13:1). O Senhor diz expressamente que agora pede pelos discípulos — e não pelo mundo. Virá o momento em que Ele, como Rei dos reis, fará Seu pedido tendo o mundo inteiro em vista, e o Pai Lhe dirá: “Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão” (Salmo 2:8). Mas neste momento Seu assunto não é a herança no Milênio de Paz, mas Seus coerdeiros. Está muito preocupado com eles, pois vivem em um mundo hostil a Cristo. O Pai confiou os discípulos ao Filho. Mesmo assim, o Senhor diz: “São teus”. Não deixaram de pertencer ao Pai. Essa é a maior segurança que podemos ter: o fato de pertencermos tanto ao Pai quanto ao Filho! Tudo o que pertence ao Pai pertence também ao Filho, e vice-versa. O ser humano pode até dizer: “todas as minhas coisas são tuas”, mas ninguém pode dizer “as tuas coisas são minhas”. Isso seria arrogância e blasfêmia. Mas o Senhor Jesus podia falar assim, porque Ele é Filho eterno de Deus, um com o Pai. Mais uma vez, o assunto são os discípulos: Cristo é glorificado neles, isto é, pode ser visto neles. É isso que os torna tão valiosos para o Pai.

(Continua no próximo domingo)