E, tornando em si, disse:... Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus empregados. E, levantando-se, foi para seu pai.
Lucas 15:17-20
RETORNANDO PARA DEUS (3)
As tentativas inúteis do filho pródigo para se libertar de sua situação difícil fizeram com que ele considerasse a sua posição. Ele preferiria ser um servo contratado por seu próprio pai do que ser um mendigo desprezado sob um mestre estrangeiro. Ele superou o seu orgulho ferido, se levantou e foi até seu pai pronto para encarar as consequências. É isso que todos nós deveríamos fazer, nos aproximarmos de Deus e admitir: “Eu tenho pecado”. Deus aceita a todo aquele que fizer isto. A parábola diz: “E, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou” (v. 20). É assim que Deus o Pai veio a nós na Pessoa do Senhor Jesus Cristo, porque a nossa desgraça O afetou. “Ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4:10). O pai beijou seu filho, ainda em seus trapos. É assim que acontece conosco: Deus nos recebe porque somos incapazes de nos ajudar no estado em que nos encontramos. Aquele beijo, a expressão do amor, confirma que uma reconciliação aconteceu. O filho pródigo não conseguiu ir além do que dizer: “Já não sou digno de ser chamado teu filho”. O pai o interrompeu antes que ele pedisse para ser um servo. Suas ordens mostram que ele iria restituí-lo como seu filho em sua casa. Deus não quer “servos contratados”, mas filhos que são Seus amados. É isso o que corresponde à Sua natureza de graça e amor.
(Concluído)