Jesus... levantou seus olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti... para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
João 17:1-2
CONSIDERAÇÕES ACERCA DE JOÃO 17 (1)
Há poucos capítulos na Bíblia tão profundos e plenos de significado quanto o capítulo 17 do Evangelho de João. O Filho de Deus está prestes a sair deste mundo para voltar ao Seu Pai. Com amor e sabedoria, preparou Seus discípulos para esse momento. Mas agora não está mais falando com Seus seguidores; aqui o Filho fala com Seu Pai celestial. Apresenta pedidos que nos mostram Seus anseios mais profundos para Seus discípulos e para todos os que viriam a crer nEle. Essa oração é singular. Não contém qualquer referência a pecados ou falhas. Os discípulos “estão no mundo”, e por isso correm perigo. Mas esse perigo é contraposto a várias coisas eternas: vida eterna; o Nome, as palavras e o amor do Pai; a alegria de Cristo; santidade; unidade e glória — tudo isso se estende muito além do nosso tempo “neste mundo” e desde já constitui a razão da nossa felicidade. A carreira do Senhor Jesus na terra tinha terminado. Embora Sua morte expiatória ainda estivesse diante dEle, também aqui o Senhor vê tudo já consumado. Por isso, pede agora que o Pai O glorifique, que O coroe de glória e honra. Em tudo isso, o objetivo do Filho de Deus é — como sempre — um só: glorificar o Pai, no céu. Como Homem, o Filho de Deus recebeu poder universal do Pai. Mas Ele não poderia recebê-lo e usá-lo se não fosse ao mesmo tempo Deus. O “poder sobre toda carne” mostrou-se já nos momentos em que Ele ressuscitara mortos. No futuro, esse poder se manifestará no juízo sobre a humanidade. Hoje, mostra-se na dádiva da vida eterna. Tudo isso glorifica o Pai.
(Continua no próximo domingo)