Reforma

Muitos cristãos na Alemanha e na Áustria recordam no dia 31 de outubro o “Dia da Reforma Protestante”. E juntamente com eles, muitos outros de confissão luterana no mundo inteiro. Por quê?

Segundo a tradição, o monge Martinho Lutero (*10/11/1483 – †18/02/15746), natural de Eisleben, condado de Mansfeld, afixou naquele mesmo dia no ano de 1517 as suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg. O fato histórico em si é discutível e até mesmo incerto. Não se sabe se Lutero de fato as afixou ali com as suas próprias mãos. Fato é que ele as enviou no dia 31/10/1517 ao arcebispo de mainz e Magdeburg, Albrecht von Brandeburg – arcebispo de igreja católica e da nobreza alemã. A celebração do Dia da Reforma nessa data já está sendo relatado no ano de 1527.

O procedimento em si era algo normal, nada fora do comum. As portas das igrejas naqueles dias eram um lugar predileto dos eruditos para publicar as suas teses propostas para discussão pública. A proposta de Lutero foi iniciar uma discussão erudita do tema, que levaria a uma reforma da Igreja Católica Romana – não de fundar uma “nova igreja”.

O especial nesse caso foi que as teses de Lutero tinham a força de dinamite. Atacavam de frente algumas das práticas católicas romanas, em especial a prática da indulgência – ato que prometia uma redução da punição temporal pelos pecados, uma diminuição de tempo que se passaria no purgatório, e isso mediante o pagamento de uma soma em dinheiro. Esse dinheiro estava sendo utilizado em Roma na construção da basílica de São Pedro. Isso obviamente não agradou a liderança da igreja oficial e teria levado a perder recursos financeiros em grande quantidade. Lutero foi excomungado por bula papal em 1521, e assim a “reforma” pretendida não foi possível, e na sequência a “Igreja Luterana” surge – assim como outras denominações reformadas em outros lugares e países.

Também atacou ali a doutrina do purgatório em si. Ele havia chegado à conclusão por meio da leitura da Palavra de Deus, a Bíblia, de que essa prática estava em direta contradição com o ensino bíblico da salvação somente pela graça (“sola gracia”). Esse ensino caiu em terra fértil no povo dos diversos territórios e estados independentes existentes naquela época no território do que é hoje é Alemanha, Áustria, Luxemburgo e parte da Suíça. As pessoas estavam saturadas da prática da indulgência, e a luz do Evangelho começou a brilhar fortemente.

Outra obra prima de Lutero é a tradução das Sagras Escrituras para a língua do povo, o alemão. Não foi a primeia tradução para um idioma falado naqueles territórios, mas a sya “granda sacada” foi se utilizar de uma linguagem que se podia compreender do Norte a Sul, de Oeste a Leste e que estava acima dos dialetos e idiomas alemães regionais. Assim a Palavra de Deus, a Bíblia se tornou conhecida desde as cortes dos nobres até a cabana mais simples dos agricultores e pequenos fazendeiros bem como dos trabalhadores simples e servos. Isso foi possível devido à recente invenção da imprensa utilizando tipos móveis e reutilizáveis na impressão, permitindo assim uma rápida multiplicação e divulgação da Bíblia. No dia 21/09/1522 o Novo Testamento estava impresso e sendo divulgado. A Bíblia inteira seguia alguns anos mais tarde.

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