Ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe. Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes, e entre os conhecidos; e, como o não encontraram, voltaram a Jerusalém em busca dele.
Lucas 2:43-45
A INFÂNCIA DE JESUS
Havia uma multidão em Jerusalém para a festa da Páscoa. Os israelitas afluíam de todos os lados para celebrar juntos essa ocasião. José e Maria também foram, levando Jesus, agora com doze anos. No fim da festa, todos tomaram seus caminhos de volta para casa. José e Maria fizeram o longo trajeto da Galileia à Nazaré a pé. No começo, nenhum dos dois ficou preocupado por Jesus não estar com eles. Pensaram que Ele estava andando com algum parente ou conhecido.
Imagine essa situação na sua vida. Quando meus filhos tinham essa idade, minha mulher e eu estávamos sempre atentos para saber onde as crianças estavam. Especialmente quando estávamos na companhia de muitas outras pessoas, era preciso ficar muito atento para que ninguém se perdesse. Ou então pedíamos a algum conhecido que ficasse de olho nas crianças. Aparentemente, José e Maria não fizeram nada disso. Teriam sido pais negligentes? Não creio. O motivo deve ter sido outro: sua convivência com o menino Jesus era apenas positiva. Era sempre obediente. Tudo o que Ele fazia era bom e apropriado. Nunca brigava, nunca fazia coisas que José e Maria não devessem saber. Por isso, confiavam que Ele estaria em algum lugar, junto com a “caravana” para casa. Mas Jesus tinha ficado no templo. Era um sinal de Seu profundo interesse pela casa de Seu Pai. Era isso que José e Maria também tiveram que aprender. Será que esse relato não é uma bela descrição da infância imaculada do nosso Senhor?