Porque sucedia que, semeando Israel, os midianitas e os amalequitas, e também os do oriente, contra ele subiam... e destruíam os frutos da terra, até chegarem a Gaza.
Juízes 6:3-4
O cristão e o mundo
No momento em que permitimos que o mundo entre em nossa vida, nosso testemunho a respeito de Cristo perde força. A época de Gideão ilustra isso muito bem. O mundo — aqui representado por Midiã e pelos demais inimigos do povo de Israel — destruía a colheita do país. A terra de Canaã era conhecida pela sua fertilidade, e Deus tinha prometido aos filhos de Israel que não teriam falta de pão. Mas nem Israel nem nós, hoje em dia, podemos viver ao mesmo tempo no mundo e com Deus! Muitas pessoas no povo de Deus queixam-se da “magreza de suas almas” (Salmo 106:15). Para elas, a Bíblia é um livro misterioso, e suas almas passam fome porque encontram pouco alimento no texto.
O próprio Cristo é o Pão para Seu povo, mas não conseguiremos nos alimentar dEle se permitirmos que o mundo ocupe o espaço em nosso coração que pertence somente ao Senhor Jesus. Na verdade, os interesses do mundo procuram tomar conta de cada canto da alma do cristão, a exemplo dos midianitas! O inimigo está sempre procurando novos pontos de ataque.
Mas o Espírito de Deus não nos apresenta uma lista com numerosos exemplos de mundanismo. Ele faz algo muito melhor. Ele classifica o que existe no mundo de acordo com o que essas coisas não são: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1 João 2:16). Determinada coisa pode parecer inofensiva, mas quando não a recebemos das mãos do Pai, com gratidão, e não permitimos que Ele faça parte dela, é melhor evitá-la. Tal coisa não vem do Pai — esse critério é suficiente para nós?