Filipenses 1:19-30

O coração do homem está constituído de tal maneira que não pode permanecer vazio. Ele sente uma fome que o mundo, semelhantemente a um vasto armazém, se esmera em satisfazer, mediante uma variedade dos mais desejáveis produtos. Contudo, sabemos por experiência que, por mais atraente que seja uma vitrine de comida antes da refeição, a tentação cessa depois que nos alimentamos. Esta comparação um pouco familiar nos ajuda a recordar isto: nada exerce alguma atração sobre um coração cheio de Jesus. É o que acontecia com o apóstolo: Cristo era seu único objeto, sua única razão de viver. Quem ousaria aplicar a si mesmo o v. 21? Contudo, o progresso cristão consiste mais e mais na realização disto. Cristo era suficiente para Paulo, tanto para viver como para morrer. Diante destas alternativas, “ele não sabia o que escolher. Se morresse, ganharia a Cristo; se vivesse, serviria a Cristo”. O seu amor pelos santos lhe inclinava antes a permanecer na carne.

A defesa do Evangelho, como todo combate, implica sofrimentos (1 Tessalonicenses 2:2b). Mas estes sofrimentos são um dom da graça do Senhor, semelhante à salvação, um privilégio que Ele concede aos crentes (v. 29). Em vez de nos compadecermos dos cristãos que são perseguidos, não deveríamos antes invejá-los? Pelo menos oremos em seu favor. Assim tomaremos parte com eles no combate pela verdade.