2 Coríntios 1:1-11

O apóstolo Paulo não havia escrito a primeira carta aos coríntios como um crítico ou severo juiz. Ele mesmo tinha sido humilhado e perturbado pelas notícias recebidas desta igreja e, ainda mais, pois elas haviam chegado em um momento de extrema aflição na cidade de Éfeso, na qual ele tinha muitos adversários (v. 8; 1 Coríntios 16:9).

Porém, tanta tribulação ainda pode ser motivo de dar graças, pois produz uma dupla e preciosa conseqüência. Primeiramente, faz o crente perder toda a autoconfiança (v. 9). Em segundo lugar, leva-o a entrar nas profundezas das simpatias do Senhor. A abundância de sofrimentos revelou ao apóstolo a abundância de consolação (v. 5). A consolação é sempre pessoal, mas aquele que é consolado pode compartilhar das dores dos outros e expressar genuína simpatia por eles. O fato de haver passado pelas provas com o sustento do Senhor qualifica o crente a falar aos que estão aflitos e dirigir-lhes os olhos ao “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda a consolação!” (v. 3).