1 Coríntios 2:1-16
Sabemos que no mundo um belo discurso, certo carisma e “palavras persuasivas de sabedoria humana” podem ser suficientes para assegurar a vitória de qualquer causa. Mas Deus não usa essas habilidades humanas nem estratégias de propaganda para nos fazer conhecer a fé (vv. 4-5). Apesar de seu elevado nível de instrução, Paulo não brilhou em Corinto por sua sabedoria, cultura ou eloqüência. Isso seria uma contradição ao seu ensinamento, pois a cruz de Cristo que ele anunciava representa justamente o fim de tudo aquilo do qual o homem se orgulha. Mas, longe de sair perdendo com isso, o crente tem recebido as coisas invisíveis — aquilo “que por Deus nos foi dado gratuitamente” — e simultaneamente o meio para discerni-las e delas desfrutar: o Espírito Santo, o único agente que Deus utiliza para nos comunicar Seus pensamentos (v. 12). De que serviria uma partitura sem os instrumentos musicais para interpretá-la, ou um disco sem o aparelho para tocá-lo? Por outro lado, que efeito teria um belo concerto para uma platéia de pessoas surdas? Assim a linguagem do Espírito Santo é incompreensível ao “homem natural”. Em contrapartida o “homem espiritual” pode apreciar as coisas espirituais por meio de recursos espirituais (vv. 13-15).