Romanos 2:17-29
Os primeiros capítulos desta epístola nos fazem pensar em uma sessão de tribunal. Um após o outro, os elementos do mundo civilizado da época comparecem diante do supremo Juiz.
Depois da condenação do grego — ou seja, do bárbaro (cap. 1) — e do homem moral e civilizado (começo do capítulo 2), o judeu é chamado a ouvir sua sentença. Ele se apresenta de cabeça erguida. Seu nome judeu, a Lei em que se apóia, o verdadeiro Deus que ele diz conhecer e servir (v. 17), tudo parece demonstrar sua superioridade em relação aos outros acusados e absolvê-lo. Porém, o que lhe responde o supremo Magistrado? “Eu não te julgarei pelos teus títulos (v. 17), nem por teu conhecimento (v. 18), nem por tuas palavras (v. 21), mas sim por teus atos. Ao invés de desculpar-te, estes privilégios agravam tua culpabilidade.”
O pecado dos pagãos é chamado de impiedade (cap. 1:18): eles avançam sem lei e sem freio segundo a sua própria vontade (1 João 3:4). O pecado dos judeus é chamado transgressão (v. 23), ou seja, é a desobediência aos divinos mandamentos conhecidos. E hoje, quão mais responsáveis são os cristãos, pois eles possuem toda a Palavra de Deus!