João 19:17-30

Aquele que, alguns dias antes, havia entrado em Jerusalém em toda a Sua majestade real, está agora saindo “carregando a sua cruz”. Esse mesmo contraste é evidente no título que Pilatos colocou sobre a cruz: “Jesus Nazareno, o rei dos judeus”. Ele é crucificado entre “outros dois”, e posto assim ao nível de um malfeitor. Contudo, este Evangelho não nos fala dos ultrajes que Ele padeceu por parte dos “que iam passando” (Mateus 27:39), nem das terríveis horas de abandono da parte de Deus quando levava os nossos pecados. Aqui só há paz, amor e obediência a Deus. O versículo 25 menciona a presença e os nomes de algumas mulheres que observam tudo de coração partido. E o Senhor Jesus confia a Sua mãe ao discípulo que melhor conhece o Seu amor.

Notemos como tudo, até nos mínimos detalhes, deve acontecer, “para se cumprir a Escritura”: O repartir das Suas vestes (v. 24), o vinagre oferecido ao Salvador (v. 28; vide também vs. 36, 37). Então Ele mesmo efetua o último ato de Sua obediência voluntária: “Rendeu o espírito” (10:18). Ali na cruz o Seu amor tudo consumou. E se alguém ainda pensa em fazer algo para assegurar a sua salvação, que escute e creia nas últimas palavras do Salvador ao morrer: “Está consumado!”.