João 19:1-16
Por zombaria é que os soldados colocam sobre Jesus um manto púrpura e uma coroa de espinhos. E é quando Ele está vestido assim que Pilatos escolhe apresentá-LO ao povo, dizendo: “Eis o homem!”
“Crucifica-o! crucifica-o!” contestam colericamente os principais sacerdotes. E apresentam uma nova acusação – Ele tem blasfemado, “a si mesmo se fez filho de Deus”. Porém isso atemorizou ainda mais a Pilatos. Seria então possível que diante dele não estivesse somente um rei, mas também um Deus (v. 7-8). Para tranqüilizar-se, Pilatos faz menção de seu poder; mas o Senhor Jesus o coloca em seu verdadeiro lugar. Este magistrado pagão aprende, seguramente pela primeira vez, de quem recebeu a sua autoridade: não da parte de César, como ele tinha pensado, mas “de cima” (v. 11; Romanos 13:1). Quando se dá conta de que não tem poder sobre esse acusado extraordinário e que este caso está além dele, quer soltá-LO. Porém os judeus não quiseram saber nada disso e fizeram uso de um último argumento: “Se soltas a este, não és amigo de César”. Assim, apesar da advertência que recebeu (v. 11), não é a Deus, porém aos homens que o governador busca agradar e obedecer. Temendo tanto o ressentimento dos judeus e a reprovação de seu soberano, sacrifica deliberadamente o Inocente.