João 18:12-27

Ao estar ali com os que haviam prendido e atado o seu Mestre, e esquentando-se com eles, Pedro praticamente já O havia negado, ao escolher voluntariamente os nossos amigos em um Mundo que crucificou o Senhor Jesus, e, ao participarmos de seus prazeres, estaremos de uma maneira ou de outra nos expondo a desonrar o Senhor. Não podemos contar que seremos guardados (em resposta a Sua oração do cap. 17:15-17), se não praticarmos a separação da qual Ele fala nesses mesmos versículos (17:16). Graças a sua infidelidade, Pedro escapa por um momento da vergonha e da perseguição. Seria ele “maior que o seu Senhor”, o qual, sem reservas, vai ao encontro do ódio e do menosprezo dos homens (15:20)? O Senhor Jesus nada responde ao interrogatório hipócrita do sumo sacerdote; Ele já havia dado publicamente o Seu testemunho. Cabe agora aos juízes prová-LO culpado — se puderem!

Este Evangelho enfatiza mais que os outros três a dignidade e a autoridade do Filho de Deus. Apesar das humilhações que sofreu e da maneira com que foi tratado, permaneceu Mestre absoluto da situação, como Aquele que “se entregou a si mesmo… como oferta… a Deus” em perfeito sacrifício (Efésios 5:2).