João 12:20-36

Em antigas tumbas egípcias encontraram-se grãos de trigo que, apesar de milhares de anos de idade, ainda eram capazes de germinar. Contudo, qualquer que fosse o tempo transcorrido, e ainda que tivessem sido guardados em um recipiente muito precioso, esses grãos não poderiam multiplicar-se ali. Para que eles pudessem formar espigas carregadas de outros grãos semelhantes às sementes, esses grãos deveriam ser colocados na terra, a saber, que fossem sacrificados. Essa é a figura que o Senhor Jesus usa ao falar da Sua morte. O desejo dos gregos em vê-LO guia os pensamentos do Senhor Jesus aos maravilhosos resultados de Sua cruz, a saber: a bênção das nações sob o domínio universal do Filho do homem, muito fruto (v. 24b), o julgamento de Satanás (v. 31), e todos os homens serão atraídos a Ele (v. 32). Mas diante de Sua alma santa também passa o peso dos sofrimentos que esta hora trará para Ele. Então se dirige a Deus, que do céu Lhe responde com a promessa da ressurreição (v. 28).

A noite agora estava eminente para o povo judeu. A Luz estava para desaparecer no horizonte; o Senhor Jesus iria deixá-los (v. 35; Jeremias 13:16). O presente momento da graça para nós também se aproxima do seu fim. O momento virá quando já não será mais possível crer (compare v. 40). Na vida do Senhor Jesus houve um solene “agora” (v. 27, 31). Para nós “agora” é o tempo de crer nEle (2 Coríntios 6:2).