João 10:7-21

Não encontramos parábolas neste Evangelho. Aquele que é “a Palavra” fala aqui numa linguagem direta. Por outro lado, o Senhor emprega muitas preciosas figuras e comparações para dar-Se a conhecer. Observe as passagens em que Ele declara “Eu sou” [o Pão da Vida (6:35, 48, 51); a Luz do Mundo (8:12); a Porta (10:7, 9); o Bom Pastor (10:11, 14); a Ressurreição e a Vida (11:25); o Caminho, a Verdade e a Vida (14:6); a Videira (15:1-5)]. Aqui, nos versos 7 e 9, diz: “Eu sou a porta das ovelhas”. Para sermos salvos, devemos entrar por Ele (compare Efésios 2:18). Mas também necessitamos ser guiados. Se formos entregues a nós mesmos, seremos semelhantes a uma ovelha, um animal sem inteligência, que se desvia quando não tem um líder (leia Isaías 53:6). Em contraste com os mercenários, com os ladrões e com os salteadores, os quais são hábeis em roubar almas, o Senhor Jesus apresenta-Se como o Bom Pastor (v. 11 e 14). E dá duas evidências disso: 1) a primeira é a dádiva voluntária de Sua vida para adquirir as ovelhas — prova suprema de amor por elas e ao mesmo tempo, não nos esqueçamos, a sublime razão pela qual o Pai o ama (v. 17).

2) a segunda é o Seu relacionamento com Suas ovelhas: Ele conhece todas elas e elas conhecem o seu Pastor (v. 14). Um vínculo tão forte confirma os Seus direitos sobre o Seu rebanho e sobre cada um de nossos corações.