Lucas 23:33-49

O Senhor Jesus é levado ao sinistro lugar chamado Caveira, onde é crucificado entre dois malfeitores. “Pai, perdoa-lhes…”. Esta é a Sua sublime resposta a todo o mal que os homens Lhe fazem (compare com 6:27). Se eles se arrependessem, o seu crime — o maior da história da humanidade — seria expiado pela Sua própria morte.

Na cruz onde todos estão presentes, desde as autoridades (v. 35) até o malfeitor (v. 39), revela-se descaradamente toda a maldade do coração humano: olhares cínicos, provocações, injúrias, grosserias… mas é ali que surge um maravilho diálogo entre o Salvador crucificado e o outro malfeitor que está convencido de seu pecado (v. 41). Iluminado por Deus, ele discerne no Homem maltratado, coroado com espinhos, que vai morrer ao seu lado, uma vítima santa, um Rei glorioso (v. 42). E recebe uma promessa de valor inestimável (v. 43). Assim, na própria cruz, o Senhor já pôde gozar do primeiro fruto do terrível trabalho de Sua alma.

Depois das três últimas horas de trevas impenetráveis, o Senhor Jesus reata com Deus a comunhão interrompida durante o abandono que acaba de atravessar. E em plena serenidade Ele entrega Seu espírito nas mãos de Seu Pai. A morte do Justo é para Deus a oportunidade de dar um último testemunho por meio do centurião romano (v. 47).