Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!

Romanos 11:33

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DOS SALMOS (Leia Salmo 69:20-36)

  Os Salmos 22 e 69 nos mostram os sofrimentos do Senhor sob diferentes perspectivas. No Salmo 22 vemos Cristo realizando a expiação de nossos pecados e recebendo o castigo de Deus em nosso lugar. Aqui, por outro lado, vemos o Senhor Jesus sofrendo nas mãos dos homens que procuravam diversas maneiras para persegui-Lo. Um termo particular é repetido quatro vezes neste salmo: afronta; em outras palavras, desonra pública (vv. 7, 10, 19, 20). O coração do Senhor, tão sensível, se partia com essa afronta. Em Cristo, a glória, o amor e a santidade de Deus foram pisoteados pelos homens. E o versículo 21 foi literalmente cumprido na hora da crucificação (Mateus 27:34, 48).

  Outra causa de profunda dor foi a incompreensão e a indiferença de Seus discípulos: “Esperei por piedade, mas debalde; por consoladores, e não os achei” (v. 20).

  Porém, “ó profundidade das riquezas”! O Senhor Jesus enfrentou indescritível sofrimento, mas venceu. E o salmo termina convidando toda a criação para louvar ao Seu Deus, que “responde aos necessitados, e não despreza os seus prisioneiros” (v. 33), e que reservou Sião, isto é, uma herança “incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus” para “os que lhe amam o nome” (1 Pedro 1:4; v. 36).