Desde então Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus clamavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César.

João 19:12

O REI DOS JUDEUS

  Caifás, o sumo sacerdote, condenou à morte o Senhor Jesus por causa da Sua confissão de que Ele era o Filho de Deus (Mateus 26:63-66; João 19:7). Os judeus já não tinham o poder oficial para aplicar a pena de morte (João 18:31), portanto, eles O entregaram a Pilatos. Seu objetivo, contudo, não era somente a morte do Senhor Jesus, mas queriam que fosse especificamente em uma cruz, uma crucificação. Talvez eles pensassem que nenhum judeu confessaria a um Messias crucificado (Deuteronômio 21:23). Logo, eles se deram conta de que Pilatos nunca O crucificaria simplesmente com base no fato de que Ele havia dito que era “o Filho de Deus” (João 19:6-8).

  Pilatos buscava sinceramente livrá-Lo, mas os líderes judeus levantaram a questão de que se houvesse outro rei seria uma rebelião contra César. Eles estavam bem cientes de que, quando Pilatos saiu de Roma para a Palestina para exercer sua nova posição como governador, Tibério lhe havia dado um presente para honrá-lo, um anel especial de ouro, chamado Amicus Ceasaris, que significa “amigo de César”. Posteriormente, houve uma tentativa de assassinato contra César, e muitos oficiais Romanos estavam sob suspeita, inclusive Poncio Pilatos. Então, os principais sacerdotes procuraram sugerir que, se libertasse a Jesus, sua lealdade à César poderia ser questionada. Eles selaram sua hipocrisia dizendo: “Não temos rei, senão César” (v. 15).

  Aquelas palavras tiveram o efeito desejado, porque ainda que Pilatos houvesse dado testemunho da inocência de Cristo, ele O entregou para que fosse crucificado por ser “O REI DOS JUDEUS” (João 19:14-19). Em consequência, o Senhor Jesus foi condenado por ser o que realmente era, o Filho de Deus e o Rei de Israel (João 1:47-49).