E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR.

Êxodo 12:12

VERDADEIRA LIBERTAÇÃO

  A Páscoa é um dos eventos singulares do Antigo Testamento que apontam para os resultados da obra de Cristo realizada no Calvário. Todo crente percebe alegremente nesta passagem, como o sangue do cordeiro pascal é um tipo do sangue de Cristo, protegendo os primogênitos de Israel do julgamento fatal que caiu sobre os egípcios. Não se trata que os hebreus fossem melhores que os egípcios, mas eles confiavam no sangue do cordeiro. Foi isso que os poupou.

  Ao mesmo tempo, a Páscoa significa o êxodo do Egito. No dia seguinte o povo partiu para a terra de Canaã, pois os sete dias da festa dos pães sem fermento tinham começado, o que era uma ilustração prática da santificação em nosso caminho de fé. Nós gostamos de pensar acerca da última Páscoa, que o Senhor celebrou com os Seus discípulos, quando disse: “antes que padeça” (Lucas 22:15).

  Todavia a Páscoa significa algo ainda maior: é a confrontação de Deus com o completo sistema hostil do Egito, um tipo do mundo. Ao executar Seu juízo contra os deuses do Egito, Deus mostrou a completa fraqueza deles. Para os israelitas era suficiente livrar-se daquele sistema, mas isso não satisfazia a Deus. A confrontação entre Deus e os deuses do Egito é o antítipo que vemos na expulsão de Satanás, como o Senhor anunciou pouco antes de Sua crucificação (João 12:31). O Evangelho de João enfatiza o caráter do significado da oferta queimada para Deus, como representada pela morte de Cristo.