Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio. Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.

Êxodo 25:17-18

O PROPICIATÓRIO

  Nessa passagem o SENHOR fala de Sua graciosa intenção de descer da montanha flamejante e tomar o Seu lugar sobre o propiciatório. Ele podia fazer isso, enquanto as tábuas da lei estivessem preservadas incólumes embaixo do propiciatório. Os símbolos de Seu poder, os querubins, também estavam ali indicando um trono de graça fundado sobre a justiça divina e amparado pela justiça e pelo juízo. Aqui, a glória do Deus de Israel brilhou. Daquele lugar Ele proferiu Seus mandamentos, bondosos e amorosos por causa do propiciatório, que era a fonte graciosa de onde os mesmos emanavam, e o meio pelo qual eram transmitidos — como um raio da luz do sol ao meio dia, passando através duma nuvem. Nós podemos apreciar sua vívida e genial influência sem sermos cegados pelo seu brilho.

  Olhando para a arca e para o propiciatório, nós podemos ver neles uma marcante figura de Cristo, de Sua Pessoa e obra. O Senhor Jesus, tendo em Sua vida magnificado a lei e tornado-a honorável, tornou-Se, por meio da morte, a propiciação ou propiciatório para todo o que crê. A misericórdia de Deus só podia repousar sobre um pedestal de perfeita justiça. O único lugar apropriado de encontro entre Deus e o homem é aquele onde a graça e a justiça se encontram e se harmonizam perfeitamente. Nada, a não ser a justiça perfeita, satisfaz a Deus; e nada, mas apenas a graça perfeita, satisfaz o pecador.

Desse modo, “o Santo dos Santos” nos revela uma cena verdadeiramente maravilhosa. A arca, o propiciatório, os querubins e a glória! Que visão para o sumo sacerdote de Israel poder ver esta cena uma vez por ano, quando ele adentrava o véu. Que o Espírito de Deus possa abrir os olhos do entendimento, para que possamos entender melhor o significado profundo desses tipos preciosos.